17/12/2011

Desapontaste-me, deves sentir-te culpado por tal coisa. Ainda antes de começar, já eu via o fim. Vendaram-me o coração, e no único pequeno buraquinho que a venda tinha, o meu campo de visão eras só tu. Levei o que era meu, pode estar acabado, mas não deixo que pare por aqui, estou cá para ti. Tocaste-me, deixaste-me insensível a tudo, a toda a gente, e tu eras a minha sensibilidade. Foste capaz de mudar a minha vida, os meus objectivos. Beijámo-nos, segurava a tua cabeça suavemente com uma mão e mexia no teu cabelo com a outra. Trocámos sonhos, trocámos mundos, e histórias. Conheço-te bem, conheço o teu cheiro, tenho estado vidrada em ti. Não digo adeus, por agora. Sou uma sonhadora e quando acordo, não me podes partir o espírito, ou então, estás a levar todos os meus sonhos contigo, e recorda-te: tu és os meus sonhos. Lembra-te de mim, lembra-te de nós e tudo o que costumávamos ser. Sei os teus medos e tu os meus. Tivémos as nossas dúvidas, mas agora estamos bem. Amas-me? Jura que não me mentes. Nos meus sonhos, ainda te dou a minha mão e corro contigo em busca de outro lugar, melhor para nós. E nunca deixei a palavra "adeus" entrar, porque no fim, eu digo-te: eu acredito em ti.

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